A musa


As gotas do mar caíam e encontravam minhas bochechas sorrindo. O céu estendia cortinas mais intensas que o sol e cada azul era jogado feito confete. À caminho do mar, voltei meu olhar para a areia quente. Surpresa fiquei, ao avistar um andar encantado, cujos cabelos imitavam o movimento das ondas. E como sentimento é som, ecoa. Não sejamos ingênuos, ao acreditar que há cômodo e tranca para isso. Muito menos maldosos conosco ao infundir tremenda dor por tal tentativa. À beira mar, fui revelada pelo olhar do poeta. Ele agarrou meu braço e disse:
- Agora você entende, agora você entende o porquê das músicas sobre ela. Falou como se tivesse descoberto não viver em um continente desabitado. Alívio.

Comentários